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HISTÓRICO DA 2ª COMPANHIA DE FRONTEIRA

Publicado: Segunda, 17 Janeiro 2022 10:52 | Última Atualização: Segunda, 17 Janeiro 2022 10:52 | Acessos: 194

O primeiro registro da presença de tropas brasileiras na região onde hoje está situado o município de Porto Murtinho remonta em 1850, quando 31 (trinta e uma) praças, sob o comando do Tenente FRANCISCO BUENO DA SILVA, ocuparam o local denominado “FECHO DOS MORROS”, para ali construírem um novo destacamento militar, base para o povoamento da região. Contudo, depois de uma permanência na região de menos de 04 (quatro) meses, foram atacadas por forças vindas da capital paraguaia e tiveram de se retirar, continuando o local abandonado, visto que, as forças atacantes, depois da ação regressaram ao ponto de partida. Somente mais tarde, a partir de 1912, é que se tem notícia da presença na vila de Porto Murtinho, de uma Bateria de Artilharia de Fronteira, destacada de Forte Coimbra, nessa época comandada pelo 1º Ten ARTUR AMÉRICO CANTALÍCIO.

 

Criada pelo aviso Nr 30, de 13 de janeiro de 1938, baixado pelo Ministro da Guerra, Gen EURICO GASPAR DUTRA, instala-se na sede do Bairro Saladero, na barranca do Rio Paraguai, a 1ª COMPANHIA DO 17º BATALHÃO DE FRONTEIRA, de Corumbá-MS, comandada pelo Cap FRANCISCO CARLOS BUENO DECHAMPS. A partir daí começa a ser escrito com regularidade um caminho de glórias e muito trabalho. Já em dezembro de 1938, um pelotão recebe a missão de combater, durante 02 (dois) meses, o banditismo que campeava pelo interior do estado. Pouco tempo mais tarde, em 28 de fevereiro de 1940, a Organização Militar teve a denominação mudada para 2ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE FRONTEIRA.

 

Durante a 2ª Guerra Mundial, a Sentinela do Pantanal, fez-se representar no Teatro de Operações da Itália com um contingente de 20 (vinte) homens, sendo o 3º Sgt ANTERO CONTRERA o militar mais antigo. Todos eles souberam muito bem honrar o nome desta gloriosa Subunidade. Porém, destaca-se a atuação do Soldado SIMEÃO FERNANDES que, em 14 de outubro de 1944, quando procurava testar com 04 (quatro) companheiros uma linha telefônica, foi colhido de surpresa por uma patrulha alemã, oferencendo-lhe tenaz resistência. Enquanto aguardava reforços pedidos, a luta prosseguia tremenda e desigual. O soldado SIMEÃO lançou-se em luta corporal com o comandante da patrulha inimiga, resultando na morte de ambos.

A unidade acompanhou as mudanças por que passou Porto Murtinho. Em 17 de julho de 1944, foi feita a mudança da sede do Bairro Saladeiro para a Rua Capitão Cantalíce, onde está localizado o atual aquartelamento. Desde a sua fundação, a Sentinela do Pantanal, sustentava a cidade em quase tudo. Havia a padaria, o telégrafo, a farmácia, o açougue, a barbearia, o armazém geral, a fábrica de tijolos, serraria, fonia, energia elétrica, porto e aeroporto que, ainda hoje é o único da cidade. Enfim, todos os recursos, serviços gerais e mão de obra existiam só na 2ª Companhia de Fronteira, tanto na sede, como nos destacamentos. O transporte, tanto fluvial quanto terrestre era com auxílio da Companhia. O atendimento médico, odontológico e farmacêutico era e é, ainda hoje, em Visto grande parte proporcionada pela 2ª Cia Fron. Foi esta mesma Companhia de Fronteira, com sua glória, e sua valorosa mão de obra, que ajudou a construir a igreja, o porto, o Clube Caiçaras e outras obras na cidade.

 

Após a extinção das duas fábricas de tanino e a ocorrência de 03 (três) enchentes anormais no Rio Paraguai em 1979, 1980 e 1982, sendo esta última a maior do século, onde a cidade ficou totalmente alagada, as atividades econômicas sofreram rudes golpes, trazendo repercussões altamente negativas em todos os aspectos. Não havendo indústrias, o mercado de trabalho resumiu-se ao comércio, às repartições públicas e à pecuária, sendo esta a principal atividade da região e base econômica do município, tendo em vista, principalmente, a inexpressividade da agricultura na área, restrita às culturas incipientes, que não atendem à demanda de consumo.

 

A 2ª Companhia de Fronteira auxiliou muito o povo de Porto Murtinho nas enchentes, construindo a “cidade de lona” refúgio dos habitantes e prestando o apoio de saúde à população em sua enfermaria, no km 678 da Rodovia BR 267 (a 6 km da cidade), bem como apoiando no transporte e nas ligações com Campo Grande por meio de sua rede rádio.

 

Em 1º de setembro de 1946, a Subunidade recebeu sua última denominação: 2ª COMPANHIA DE FRONTEIRA.

 

Em 1964, ao eclodir o movimento revolucionário, a 2ª Companhia de Fronteira colocou-se ao lado das forças da ordem, dando a sua contribuição para a Contrarrevolução de 31 de Março de 64. Após isso, procurando superar as suas limitações de pessoal e material, cumpriu as missões de rotina e as eventuais que lhe foram impostas, permanecendo sempre em condições de desencadear as medidas de Visto Segurança Interna e Defesa Integrada. Foram criados, inicialmente, os Destacamentos de Barranco Branco, Porto Quebracho, Ilha da República e os Sub Destacamentos de Foz do Apa e de Ingazeira. Em 1966, foi extinto o Destacamento de Porto Quebracho. Em 1980, criou-se o Sub Destacamento da Fazenda Santa Cruz, extinto em 1985.

 

Apoiou a sociedade murtinhense, nas enchentes ocorridas em 1979, 1981 e 1982, a qual neste ultimo ano citado foi construída a cidade de lonas, onde foram doadas e montadas pela 2ª Companhia de Fronteira.

 

Em 12 de junho de 2006, a Câmara Municipal de Vereadores de Porto Murtinho, reconhecendo os bons serviços prestados à coletividade Murtinhense, concedeu à 2ª Companhia de Fronteira o diploma de Honra ao Mérito.

 

Em 28 de março de 2007, o Presidente da República, Grão Mestre da Ordem do Mérito Militar, concedeu à Companhia a Insígnia de Bandeira da Ordem do Mérito Militar, pelos bons serviços prestados ao Exército Brasileiro.

 

No ano de 2013 um efetivo de 22 militares, integrou o 18º Contingente da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), após seis meses de treinamento embarcaram para o distante país caribenho onde permaneceram por mais seis meses representando o Brasil e seu Exército perante a Organização das Nações Unidas e a comunidade internacional, suas ações foram motivo de honra para a 2ª Cia Fron e para a cidade de Porto Murtinho.

 

Em 11 de junho de 2018, a Portaria Nº 850 do Comandante do exército, foi concedida a Denominação Histórica da 2ª Companhia de Fronteira. “Companhia Soldado Simeão Fernandes”, essa denominação foi dada em homenagem ao Soldado Simeão Fernandes, cidadão Murtinhense que morreu heroicamente em combate durante a 2ª Guerra Mundial.

 

 

 

Portaria Nº 1.735, de 29 de Outubro de 2019, Concede Estandarte Histórico à 2ª Companhia de Fronteira.

 

 

 

Continuamos, assim, nossa missão de manter “ A soberania na Fronteira Oeste ’’

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